Varíola dos Macacos: Minas Gerais investiga o segundo caso suspeito da doença

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou, no início da noite desta segunda-feira (13), que recebeu a notificação do segundo caso suspeito da varíola dos macacos no Estado. A comunicação foi feita pela Prefeitura de Ituiutaba no domingo (12).

O primeiro caso suspeito em MG foi notificado no sábado (11), após a morte de um policial penal de Araguari, que estava internado em Uberlândia.

Segundo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-Minas), os casos não têm histórico de deslocamentos ou viagens para o exterior. Dentre os contatos próximos, ainda não há nenhum caso sintomático.

Casos de varíola dos macacos no Brasil

Até esta segunda-feira (13), três casos confirmados de varíola dos macacos no Brasil, sendo 2 em no estado de São Paulo e 1 no Rio Grande do Sul. O Rio de Janeiro investiga um possível caso em Macaé.

Apesar da preocupação global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) “ressalta que não houve mortes associadas à doença. Além disso, não recomendou vacinação em massa e diz que o atual surto pode ser controlado com vigilância e rastreamento de contatos”.

Mundo

A OMS disse que a varíola dos macacos traz um “risco moderado” para a saúde pública mundial depois que casos foram relatados em países onde a doença não é endêmica.

“O risco para a saúde pública pode se tornar alto se esse vírus se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos mais propensos a risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, afirmou a OMS.

Sintomas e transmissão

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

“Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração”, explicou Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Dentro de 1 a 3 dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo.

“O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés”, completou Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos.

Fonte: G1