Moradores do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, denunciaram que policiais militares furtaram objetos de suas casas durante uma operação que resultou na morte de um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). A operação, que visava combater o tráfico de drogas e o crime organizado na região, foi marcada por confrontos intensos.
A morte do policial do BOPE ocorreu durante uma troca de tiros com criminosos. De acordo com a Polícia Militar, a ação foi uma resposta à crescente violência e ao domínio de facções criminosas no Complexo da Maré. No entanto, relatos de moradores apontam que, além da violência, houve furtos de objetos pessoais pelas forças de segurança.
Segundo os moradores, diversos itens como eletrônicos, dinheiro e outros pertences de valor foram subtraídos durante as buscas nas residências. As denúncias foram feitas às autoridades e estão sendo investigadas pela Corregedoria da Polícia Militar. Vídeos e fotos circulam nas redes sociais mostrando a destruição e os itens supostamente roubados, aumentando a pressão sobre as autoridades para uma investigação rigorosa e imparcial.
As organizações de direitos humanos e representantes comunitários da Maré também se manifestaram, condenando os supostos abusos e exigindo justiça. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro afirmou que acompanhará o caso de perto e prestará assistência jurídica às vítimas dos furtos e da violência policial.
Em nota, a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que todas as denúncias serão apuradas com rigor e que não tolera qualquer tipo de desvio de conduta por parte de seus agentes. A corporação também lamentou a morte do policial do BOPE e destacou a importância das operações para garantir a segurança pública na região.
Este episódio destaca as tensões contínuas entre as forças de segurança e as comunidades do Rio de Janeiro, onde operações policiais frequentemente resultam em confrontos violentos e denúncias de abusos contra moradores.