Por Eleonor Kowalsk
Minha amiga, cara mia.
Não se desespere.
Nem toda mulher nasceu para ser mãe, nem toda mulher nasceu para “pilotar fogão”, nem toda mulher é versada em prendas domésticas.
Nem toda mulher, é verdade, nasceu para governar cidades.
A lenda de que mulheres sempre serão melhores administradoras que os homens é só uma lenda mesmo.
Veja o caso da cidade de São João da Barra, pequena e aprazível, poucos habitantes, e muito, mas muito dinheiro em seu orçamento.
Se dividirmos todo o “tutu” que a cidade sanjoanense arrecada, pelo seu número de moradores, minha amiga, teremos a maior renda per capita (por cabeça) da região, e uma das maiores do Estado do Rio todo.
É como se você e seu marido ganhassem juntos 180 mil reais por mês, com um filho só.
Mesmo assim, a pobre cidade rica ostenta, vejam só, meninas, os piores índices de pobreza do Estado, e do país.
São João da Barra, se fosse um doce, já teria desandado.
Se fosse uma receita de bolo, teria solado, apesar da riqueza de seus “ingredientes”, ou seja sua “receita orçamentária”!
A cidade tem por estratégia de gestão a chamada teoria da xícara.
Você sabe, aquela família que nunca vai ao mercado, nunca compra nada, nunca tem nada, e sempre bate à porta dos vizinhos, xícara nas mãos, para pedir desde açúcar, passando pelo sal, até arroz, quando essa turma não se convida para almoçar aquele seu assado.
Então, SJB é um vizinho ou vizinha com uma xícara nas mãos, sempre pedindo vagas nos serviços públicos da cidade vizinha, Campos dos Goytacazes.
Acidente? Toca para Campos.
Ensino fundamental, secundário e faculdades? Toca para Campos.
SJB é como aquele cunhado abusado, que torra todo o dinheiro em supérfluos, e depois vem pedir ajuda, na hora dos apertos, os filhos sem roupas decentes, esfarrapados, cheios de vermes nas barrigas e piolhos nas cabecinhas.
Uma lástima.
Assim, brincadeiras à parte, nos parece que SJB precisa da união de todos, homens e mulheres de bom senso, para que governem a cidade, antes que seja tarde.
Antes que a melhor parte do bolo seja comida pelos de sempre, enquanto para a população fiquem só as migalhas.