Reeleição de Maduro anunciada, mas resultados finais são incertos

Na madrugada desta segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou a reeleição de Nicolás Maduro nas eleições de domingo (28). Com 80% dos votos apurados, o CNE, liderado por um aliado de Maduro, revelou que o atual presidente obteve 51,2% dos votos, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González, recebeu 44%.

A diferença entre os dois candidatos é de aproximadamente 704 mil votos. Contudo, a última atualização dos resultados ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando o site do CNE enfrentou instabilidades e saiu do ar. Como os dados finais ainda não foram divulgados, os números podem sofrer alterações.

A trajetória de Nicolás Maduro na Política Venezuelana

Nicolás Maduro, de 61 anos, iniciou sua trajetória política como motorista de ônibus antes de se tornar um proeminente líder na Venezuela. Ele se destacou como sindicalista e, em 2006, o então presidente Hugo Chávez o nomeou chanceler. Com a morte de Chávez em 2013, Maduro assumiu a presidência, após vencer as eleições de forma controversa. Desde então, tem governado o país, enfrentando uma série de crises econômicas e políticas.

Com a reeleição, Maduro deverá permanecer no poder por mais seis anos, totalizando 17 anos à frente da presidência venezuelana. Seu mandato se estenderá além dos 14 anos de Hugo Chávez, marcando uma das mais longas permanências no poder da história recente do país.

Hugo Chávez: de militar a presidente da Venezuela

Hugo Chávez, ex-militar e líder carismático, governou a Venezuela de 1999 até sua morte em 2013. Inicialmente conhecido por seu golpe de Estado fracassado em 1992, Chávez posteriormente ganhou popularidade ao prometer reformas sociais e econômicas. Ele fundou o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e implementou a chamada Revolução Bolivariana, nacionalizando indústrias e redistribuindo a riqueza. Sua presidência marcou uma era de profundas transformações na Venezuela, com políticas que buscavam reduzir a desigualdade e fortalecer o controle estatal sobre a economia.

Foto: AP Photo/Fernando Vergara