Caso Anic: Justiça determina quebra de sigilo telefônico do viúvo

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A Justiça determinou a quebra de sigilo telemático e telefônico de Benjamim Cordeiro Herdy, viúvo da advogada Anic Herdy, encontrada morta e concretada na garagem da casa do assassino confesso, Lourival Correa Netto Fatica. A medida foi decretada pela 2ª Vara Criminal de Petrópolis após o técnico de informática apontar Benjamim como mandante do crime.

De acordo com a denúncia de Lourival, o viúvo teria ordenado a morte de Anic em janeiro deste ano. Além disso, o falso sequestro seria uma maneira de encobrir o crime. A defesa do assassino afirmou que o plano elaborado por Benjamim e Lourival não foi bem-sucedido. Neste caso, porque a filha do casal gravou uma conversa comprometedora entre o pai e Lourival. Nesse diálogo, eles teriam tentado difamar Anic e enganar a filha. Eles fizeram ela acreditar na versão de que a própria mãe havia forjado o sequestro para fugir com um amante.

A quebra de sigilo telemático envolve o acesso a dados de comunicação via internet, como mensagens de aplicativos, e-mails e registros em redes sociais. Já a quebra de sigilo telefônico refere-se ao acesso a registros de chamadas telefônicas. Com essa autorização judicial, investigadores podem saber com quem uma pessoa conversou, por quanto tempo e quando.

Motivação do crime

A defesa afirma que, segundo Lourival, o crime está relacionado a um “grave problema familiar”, embora a motivação exata não tenha sido revelada. Lourival decidiu revelar os detalhes do crime para evitar a condenação, considerada injusta, dos filhos e de Rebecca Azevedo dos Santos, sua amante. De acordo com as investigações da polícia, eles foram os beneficiários dos 4,6 milhões de reais pagos pelo falso sequestro.

A defesa revelou, ainda, que Benjamim teria proposto a Lourival que assumisse a culpa pelo crime sozinho, em troca de uma recompensa financeira. No entanto, quando indiciaram seus familiares, Lourival se viu sem outra opção a não ser revelar a verdade. Maria Luiza e Henrique Vieira Fadiga, filhos de Lourival tiveram a prisão revogada. A companheira segue presa.

O que diz o advogado da família de Anic

O advogado João Vitor Ramos, que representa Benjamim e a família de Anic, disse que os familiares entenderam a entrevista como um ato de desespero e crueldade. Segundo a defesa, Lourival mudou a sua versão, após a conclusão das investigações, para desestabilizar a família da vítima. Ramos destacou que houve uma falsa imputação de crime a Benjamim realizada por Lourival. Como consequência das declarações formuladas, a esfera cível, criminal e disciplinar demandará o homem e seus procuradores.

O laudo de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) identificou que a causa da morte foi estrangulamento. Além disso, apontou o instrumento usado no crime: uma abraçadeira de plástico. O documento, impresso em 19 de outubro, registra que a abraçadeira de plástico branco, conhecida popularmente como “enforca-gato”, estava fortemente atada ao pescoço de Anic. Os peritos não encontraram outros sinais de violência.

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