Uma petição assinada pelo advogado José Francisco Abud gerou indignação ao trazer comentários racistas contra a juíza Helenice Rangel, da 3ª Vara Cível de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) já abriu uma investigação para apurar a conduta do profissional.
No documento, o advogado utilizou expressões ofensivas para se referir à magistrada, mencionando “resquícios de senzala” e “recalque ou memória celular dos açoites”. Também fez referência a “decisões prevaricadoras proferidas por bonecas admoestadas das filhas das Sinhás das casas de engenho”, em um discurso considerado racista.

Diante da gravidade do caso, a juíza Helenice Rangel se declarou impedida, e o processo passou para o juiz Leonardo Cajueiro D’Azevedo. Ele encaminhou o caso ao procurador-geral de Justiça, Antônio José Campos Moreira, solicitando que Abud seja investigado por racismo, injúria racial e apologia ao nazismo.
A presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basílio, determinou que a Corregedoria da entidade inicie uma apuração imediata sobre o caso.