Ex-secretário de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski se entrega após STF determinar prisão

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O ex-secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, se entregou após o Supremo Tribunal Federal (STF) restabelecer a prisão preventiva dele. O delegado se apresentou na Corregedoria Interna da instituição, no Centro do Rio, na noite desta terça-feira (6). Ele é réu por associação criminosa, acusado de receber propina e colaborar com contraventores do jogo do bicho, e respondia em liberdade desde 2022. 

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), um mandado de prisão foi expedido pelo juízo da 1ª Vara Criminal Especializada, depois da decisão da 2ª Turma do STF por maioria, que revegou o habeas corpus concedido a Turnowski. Os ministros Edson Fachin, Gilmar Mendes e André Mendonça votaram a favor da prisão do ex-secretário, enquanto Kassio Nunes Marques e Dias Toffoli foram contra. 

O delegado foi preso em setembro de 2022, em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), por envolvimento com o jogo do bicho. A ação também teve como alvo o delegado Maurício Demétrio, que já estava preso. À época, as investigações apontaram que o então secretário recebeu propina da contravenção e participou de um plano para matar o bicheiro Rogério Andrade. Ele é réu por organização criminosa, corrupção e violação de sigilo funcional.

Segundo o Gaeco, Turnowski atuava como agente duplo na disputa entre os bicheiros e aproveita seus vínculos com integrantes do grupo de Rogério de Andrade, como Ronnie Lessa e Jorge Luiz Fernandes, o Jorginho, para repassar informações para seu comparsa Mauricio Demétrio, em benefício do grupo liderado por Fernando Iggnácio. Os delegados ainda tratavam sobre recebimento de propina, vazamento de informações sobre investigações, meios de chegarem a cargos estratégicos na corporação e necessidade de se protegerem mutuamente da atuação de investigadores.

Na ocasião em que foi preso, o delegado era candidato a deputado federal pelo Partido Liberal (PL) e já havia sido afastado do cargo de secretário de Polícia Civil, por conta das eleições. A poucos dias do pleito, o ministro Nunes Marques concedeu liberdade a Turnowski e substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares. Antes, a Justiça já tinha negado três pedidos de habeas corpus apresentados pela defesa dele.

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