O Projeto Pillar, alvo de investigação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por suposto desvio de quase R$ 10 milhões em contratos com o Hospital Escola Álvaro Alvim, em Campos dos Goytacazes, foi interditado pela Vigilância Sanitária Municipal nessa segunda-feira (10). A interdição ocorreu após uma nova denúncia sobre o funcionamento irregular da unidade, localizada na Rua Ipiranga, no bairro Parque Rosário.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, fiscais constataram que o local operava de forma clandestina, sem licença sanitária válida, e com diversas inadequações estruturais e assistenciais que colocavam em risco a saúde de pacientes. Entre os problemas apontados estão o acúmulo de lixo hospitalar, equipamentos de fisioterapia em mau estado de conservação e ausência de profissionais registrados no local durante a fiscalização.

O Projeto Pillar já havia sido citado em matéria publicada pelo Jornal do Estado no último dia 16, quando veio à tona uma investigação do MPRJ sobre possíveis irregularidades em contratos com o Hospital Álvaro Alvim. Na ocasião, o MP apontava indícios de superfaturamento e pagamentos a prestadores sem vínculo legal, resultando em prejuízo estimado em R$ 9,8 milhões aos cofres públicos.
Em nota, a direção do Hospital Álvaro Alvim informou que os contratos com o projeto foram encerrados após a abertura da investigação, e que a instituição colabora com as autoridades fornecendo todas as documentações solicitadas. Já os responsáveis pelo Projeto Pillar ainda não se manifestaram sobre a interdição e as novas denúncias.
A Secretaria de Saúde informou que o espaço permanecerá interditado até que todas as exigências sanitárias sejam cumpridas e que as denúncias estão sendo encaminhadas ao Ministério Público para apuração criminal e administrativa. A investigação continua em sigilo.