A sensação de insegurança tomou conta da Praia do Farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes. Moradores e turistas que possuem casas na região têm vivido dias de medo diante da crescente onda de furtos a residências, principalmente durante a noite. O clima de apreensão é geral: as pessoas evitam sair de casa, e muitos turistas deixaram de frequentar o litoral até que a situação seja controlada.
Na madrugada desta quinta-feira (26), um casal de idosos foi surpreendido enquanto dormia, quando criminosos arrombaram uma janela da residência e furtaram uma televisão. Ninguém ficou ferido.

Outro caso recente ocorreu há cerca de duas semanas, quando uma casa localizada na orla da praia foi invadida e completamente saqueada. Os criminosos levaram todos os eletrodomésticos do imóvel. No momento não havia ninguém na casa.
Em outro caso denunciado, uma casa próxima ao camping de Farol também foi alvo de furto. Além de levarem móveis e eletrodomésticos, os criminosos passaram a usar o imóvel como esconderijo e dormitório. Segundo moradores, roupas de cama foram encontradas reviradas e havia indícios de permanência prolongada no local.
“Estamos vivendo com medo. Quem tem casa aqui, mas mora na cidade, não está vindo mais. E quem mora o ano inteiro no Farol está se sentindo completamente desprotegido”, afirmou um morador que preferiu não se identificar. Segundo ele, a presença policial é escassa, e as rondas são quase inexistentes durante a noite.
A ausência de ações efetivas de segurança tem levado muitos a reforçar as casas com grades, câmeras e/ou alarmes. Mas nem isso tem sido suficiente para inibir a ação dos criminosos. “Instalei câmeras, cerca elétrica e alarme, mas mesmo assim fico com medo de sair e voltar com a casa arrombada”, desabafa uma moradora da região central do Farol.
O Jornal do Estado entrou em contato com a assessoria de comunicação do 8º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento na região, para obter um posicionamento sobre as ocorrências e possíveis medidas de reforço na segurança, mas até o momento da publicação não obteve resposta.
Por Jornal do Estado