Furto de energia prejudica fornecimento, provoca acidentes e pesa no bolso do consumidor

O furto de energia prejudica a qualidade do serviço prestado pela companhia elétrica, é crime – com pena prevista em lei de um a oito anos de reclusão -, além de trazer outros impactos para os consumidores. Para combater as ligações clandestinas e conscientizar a população sobre os prejuízos provocados pelos chamados “gatos”, o Grupo Enel expandiu o projeto Energia Legal Enel, que já vinha sendo realizado no Rio de Janeiro, também para suas distribuidoras no Ceará, Goiás e São Paulo. A iniciativa leva às comunidades inspeções, prestação de serviços, palestras de conscientização e oficinas educativas para crianças e adolescentes.

As consequências do “gato”

Rompimento de cabos, curtos-circuitos, incêndios, choque elétrico, interrupções no fornecimento de energia e sobrecarga na rede. Esses são alguns dos riscos de segurança e prejuízos das ligações clandestinas. Os desvios não atendem a padrões de fornecimento, podendo prejudicar quem faz o “gato” e quem mora próximo a eles. Além disso, quem interfere na rede para fazer uma ligação clandestina corre sério perigo de vida.

As irregularidades cometidas por ligações clandestinas de energia vêm provocando perdas consideráveis para os estados e a população. Nos primeiros seis meses deste ano, na área do Rio de Janeiro onde a Enel atua, houve um registro de 20,92% de perda sobre o total de energia transportada pela companhia. No Ceará, essa perda chega a 16,54% da energia distribuída, e em Goiás, a 13,53%. Já em São Paulo, 10,51% do total distribuído pela companhia é perdido.

O diretor de Enel Grids Brasil, Gino Celentano, enfatiza que todos pagam a conta dos furtos de energia. “Além de crime, as fraudes e os furtos contribuem para elevar o valor da conta de luz para todos os consumidores. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) reconhece nas tarifas uma parte das chamadas ‘perdas comerciais’”, explica ele. Estudo do Centro de Regulação em Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas concluiu que, no estado do Rio de Janeiro, as perdas encarecem a conta em cerca de 10%.

Fonte: G1