Advogada de Deolane é acusada de usar CPFs de falecidos

A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Adélia Soares, advogada e ex-BBB, pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa. Segundo a investigação, ela teria se associado a um grupo de chineses para abrir empresas de fachada, facilitando a operação de jogos de azar no Brasil. O suposto esquema, que teria movimentado R$ 2,5 bilhões em apenas 14 dias, usava CPFs falsos, inclusive de pessoas já falecidas.

A Playflow, empresa administrada por Adélia, está no centro das investigações. O esquema permitia que apostadores fizessem pagamentos via PIX, mas os criminosos desviavam rapidamente os valores para contas fora do Brasil. Segundo a polícia, o dinheiro passava por bancos não autorizados e casas de câmbio, usando identidades falsas para dificultar o rastreamento. A descoberta do envolvimento da advogada no esquema ocorreu depois que um funcionário de limpeza caiu em um golpe e denunciou o caso.

Documentos da Junta Comercial de São Paulo confirmaram que Adélia é a administradora da Playflow, que tem sociedade com a empresa Peach Blossom, situada nas Ilhas Virgens Britânicas. A polícia afirma que a advogada usou documentos não traduzidos e sem os requisitos legais para operar no Brasil. O delegado Erick Sallum, responsável pelo caso, afirmou que “eles não tomaram nenhuma medida de acordo com as regulamentações exigidas para empresas estrangeiras no país.”

Embora o nome de Deolane Bezerra, cliente famosa de Adélia, não tenha sido citado diretamente no inquérito, as investigações seguem em andamento. O caso agora está nas mãos da Justiça Federal, que decidirá os próximos passos dessa trama, envolvendo milhões de reais, CPFs de mortos e o submundo das apostas ilegais.