Em um momento histórico para a Igreja Católica, o cardeal americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito o novo pontífice nesta quinta-feira (8). Ele será conhecido como Papa Leão XIV, tornando-se o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e o primeiro a adotar esse nome em mais de 120 anos.
A tradicional fumaça branca apareceu às 18h47 (horário de Roma), indicando que os cardeais reunidos em conclave haviam chegado a um consenso. Minutos depois, o anúncio oficial foi feito da sacada central da Basílica de São Pedro: “Habemus Papam!”
Emocionado, diante de uma multidão que lotava a Praça de São Pedro, Leão XIV apareceu para sua primeira bênção como líder da Igreja Católica e fez o seu primeiro discurso.
Perfil do novo papa
Nascido em Chicago, em 1955, Robert Prevost é membro da Ordem de Santo Agostinho e vinha atuando desde 2023 como prefeito do Dicastério para os Bispos, uma das mais importantes funções da Cúria Romana. Teólogo respeitado e fluente em inglês, espanhol, italiano e francês, ele também atuou por anos como missionário no Peru, onde foi bispo de Chiclayo, antes de ser chamado ao Vaticano.
Prevost é reconhecido por seu perfil diplomático e por defender uma Igreja mais sinodal, acolhedora e próxima dos pobres.
Um novo rumo
A escolha de um papa americano era considerada improvável até recentemente, devido às complexidades geopolíticas e à tradição de liderança europeia no papado. A eleição de Leão XIV rompe esse padrão e indica uma abertura maior da Igreja para perspectivas globais.
De acordo com analistas, o novo papa terá como grandes desafios a reforma da Cúria, o combate à evasão de fiéis, especialmente entre os jovens, e a resposta da Igreja frente às mudanças climáticas, às desigualdades sociais e às crises humanitárias.
