Áudios inéditos de militares e civis que planejavam derrubar o governo

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Nesta semana, o Fantástico teve acesso e divulgou áudios inéditos que expõem os bastidores de uma trama golpista. Os arquivos, extraídos de celulares e computadores a partir de apreensões e quebras de sigilo, mostram conversas entre envolvidos na tentativa de golpe de estado. 

Segundo as investigações, os áudios revelam a participação de militares e civis no plano de tentar pôr fim à democracia brasileira. 

Um dos áudios foi enviado pelo tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida, então lotado no COTER – Comando de Operações Terrestres do Exército: “A gente não sai das quatro linhas. Vai ter uma hora que a gente vai ter que sair. Ou então eles vão continuar dominando a gente.” 

Militares de alta patente mantinham canal aberto e contato direto com manifestantes. Quando não tinham autoridade para resolver, apelavam para que os pedidos para proteger os manifestantes chegassem até o então presidente Jair Bolsonaro. 

Para a Polícia Federal, os áudios mostram que a estratégia do grupo era manter as manifestações nas ruas e a contestação das urnas eletrônicas. 

A PF apreendeu 1,2 mil equipamentos eletrônicos dos envolvidos na tentativa de golpe de estado e conseguiu extrair 255 milhões de mensagens de áudio e vídeo. Os peritos federais elaboraram 1.214 laudos que, de acordo com a investigação, revelam as vozes do golpe. 

Para os investigadores, os áudios mostram que integrantes do alto escalão do governo Bolsonaro agiram também para pressionar os comandantes militares a aderir à ruptura institucional. 

O que dizem os citados

Por nota, a defesa do general Mario Fernandes disse que ainda não teve acesso completo ao conteúdo resultante das quebras de sigilo e que a denúncia apresenta apenas trechos desconexos. A mensagem também afirma que o general Mário Fernandes prestou relevantes serviços ao Brasil e demonstrará a sua inocência. 

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid disse que não vai se manifestar. 

A ex-ministra e atual senadora Damares Alves disse que não se recorda do episódio em que teria passado o contato de uma assessora do presidente Bolsonaro para apurar denúncias de fraudes na urna.

G1

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