Caio Vianna: O Botafogo da política campista

Não é de hoje que o suplente Caio Vianna tenta fugir da urna este ano como o diabo foge da cruz. Após a polêmica envolvendo sua ex-esposa, que o acusou de ter “depenado” o apartamento onde ela vivia com o filho dele, Caio viu sua popularidade despencar em pesquisas e tentava uma saída da eleição deste ano tentando evitar o pior.

Em 2020 foi ao segundo turno na disputa com Wladimir e conseguiu incríveis 110 mil votos. Votos esses que não dão para dimensionar quantos são do próprio Caio e quantos eram do antigarotismo histórico que a cidade sempre teve.

Em 2022 foi candidato a deputado federal, com a benção e apoio de Eduardo Paes, presidente estadual da legenda. Era a última cartada de Caio em busca de uma sobrevida política. Não obteve sucesso, ficou na suplência conquistando em Campos, cidade onde ele havia conquistado 110 mil votos, pouco mais de 27 mil votos.

Paes honrou o que prometeu a Caio, e mesmo com ele ficando na 5ª suplência, assumiu seu primeiro cargo público há 11 meses.

Com aparição em CPI de Pirâmide Financeira e emendas discretas para a região, Caio deve se despedir da Câmara na próxima semana. Mas antes disso, decidiu colocar um ponto final em sua curta e apagada teajetoria política.

Declara apoio a reeleição de Wladimir Garotinho, rasga os votos do antigarotismo que recebeu em 2020, vira as costas para Eduardo Paes – que lhe deu um mandato – e se afunda rumo ao ostracismo, ou quem sabe até, em fim de carreira, assumir uma importante secretaria em Campos como a do Idoso ou do Turismo.

Se existe um ditado que ‘tem coisas que só acontecem com o Botafogo’, esse ditado tem que ser mudado. Tem coisas que só acontecem com o Botafogo e com Caio Vianna, o herdeiro político que nunca ganhou nada.