Carnavalesca Rosa Magalhães morre aos 77 anos

A renomada carnavalesca Rosa Magalhães faleceu na noite dessa quinta-feira (25), aos 77 anos. Com 50 anos dedicados ao Carnaval carioca, Rosa se consagrou como uma das maiores figuras da festa popular. Ao longo dessas décadas, ela conquistou sete títulos nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. Além disso, sua carreira brilhante inclui passagens por escolas como Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel, onde deixou sua marca indelével.

Foto: Léo Martins/Extra

Uma vida dedicada ao Carnaval

Rosa Magalhães foi uma artista multifacetada, reconhecida por seu estilo “barroco” ou “rococó”. Seu estilo trouxe uma estética única e elaborada aos desfiles. A maior parte das suas conquistas ocorreu na Imperatriz Leopoldinense, onde ela brilhou de 1994 a 2001. Durante esse período, a escola de Ramos conquistou diversos campeonatos sob sua direção. Um dos momentos mais memoráveis de sua carreira foi em 1994, quando a comissão de frente da Imperatriz, com seus icônicos leques, transformou-se em uma cena histórica do Carnaval.

Reconhecimento internacional e legado eterno

Nascida em 31 de janeiro de 1947, Rosa Magalhães começou sua trajetória no Carnaval na década de 1970. Seu talento e dedicação a levaram rapidamente ao topo, sendo aclamada por seu trabalho inovador. Rosa transformava enredos em verdadeiras obras de arte. Seus desfiles eram conhecidos pela riqueza de detalhes, pela criatividade e pela capacidade de emocionar o público.

Rosa conquistou sete títulos no Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro. Destes, seis foram pela Imperatriz Leopoldinense (1994, 1995, 1999, 2000 e 2001) e um pela Vila Isabel (2006). Seus enredos marcantes e suas fantasias elaboradas são lembrados até hoje como alguns dos mais brilhantes da história do Carnaval. A carnavalesca também teve uma passagem memorável pela escola de samba Império Serrano, onde deu início à sua carreira vitoriosa.

Além de seu notável trabalho no Carnaval, Rosa Magalhães também recebeu reconhecimento internacional. Por exemplo, em 2006, ela ganhou um Emmy pelo trabalho realizado na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Além disso, sua participação na direção da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, também no Rio, consolidou ainda mais seu prestígio no cenário global.

A morte da carnavalesca deixa um vazio imenso no Carnaval carioca e na cultura brasileira. Entretanto, seu legado permanecerá vivo nas memórias dos desfiles e nas arquibancadas que aplaudiram suas criações. Rosa foi uma verdadeira artista, cuja paixão e talento transformaram o Carnaval do Rio de Janeiro em um espetáculo inesquecível e admirado mundialmente.

Com isso, sua partida, o Carnaval perde uma de suas maiores estrelas. No entanto, a herança de Rosa Magalhães continuará a inspirar futuras gerações de carnavalescos. Assim, sua história e suas criações permanecerão eternamente gravadas na história do Carnaval. Em suma, Rosa Magalhães será lembrada como uma das maiores carnavalescas de todos os tempos.