CASO ÉDSON DAVI: PREFEITURA FORNECE IMAGENS DE CÂMERAS DA ORLA DA BARRA À POLÍCIA

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR) forneceu, na tarde de sexta-feira, imagens das cinco câmeras instaladas nos Postos 3, 4 e 5 da Barra da Tijuca aos agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) que investiga o desaparecimento do menino Édson Davi, de 6 anos, na última quinta. A cessão das imagens havia sido reivindicada pela família, no domingo, na Barra, em manifestação para cobrar empenho nas buscas do menino.

As imagens, que ainda estão sendo analisadas pela polícia, serão fundamentais para entender o trajeto percorrido pela criança no dia em que desapareceu. Os investigadores acreditam que o menino tenha entrado no mar sem que ninguém tenha visto e se afogado. As buscas pelo Corpo de Bombeiros sobre o paradeiro da criança seguem desde a madrugada de sexta-feira. A corporação concentra as buscas nas Praias da Barra, Recreio, Guaratiba e Sepetiba com aeronave, drone, moto aquática e mergulhadores.

Enquanto isso, segue a angustiante espera de Marize Araújo, mãe do menino Édson Davi, e de toda a família, por notícias sobre o paradeiro do menino. Ela conta que sua preocupação aumentou ao tomar conhecimento, segundo ela na Cidade da Polícia, que a câmera do Posto 4 da Praia da Barra, justamente o trecho onde Édson teria desaparecido não estaria funcionando na quinta-feira passada. A A prefeitura informa que todas as imagens disponíveis foram entregues e que, eventualmente, um ou outro equipamento pode sair de operação momentaneamente por questões técnicas.

— Conversei com os agentes na sexta quando estive na Cidade da Polícia. Eles disseram que infelizmente a câmera do Posto 4 que seria fundamental para ver o que aconteceu com meu filho, não funciona. A prefeitura diz que sim, mas a polícia não conseguiu ver. Isso é muito triste. A cada dia que passa é uma tortura sem notícias. Estou vivendo um pesadelo. Dias de terror. Não consigo comer, dormir e nem trabalhar. Toda vez que fecho os olhos, fico imaginando meu filho preso em algum lugar pedindo ajuda. Só Deus para acalmar meu coração — lamentou Marize.

O pai do menino, que tem uma barraca na praia reafirma que não acredita na hipótese de afogamento e sim que alguém tenha levado a criança.

– Fazem quase cinco dias que meu filho desapareceu. É uma angústia muito grande. A nossa esperança é que essas imagens ajudem a polícia a entender o que aconteceu. Pior do que ter a certeza de que tenha acontecido algo de ruim, é a dúvida de não saber onde ele está – lamentou Edson Santos Almeida, pai de Édson Davi.

A polícia diz não descartar qualquer hipótese. Três testemunhas ouvidas afirmaram ter visto Édson Davi entrando pelo menos duas vezes no mar.

Fonte G1