Cesta básica no Rio sobe 1,70% em abril, aponta levantamento

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O valor da cesta básica no Rio de Janeiro voltou a subir em abril de 2025, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A alta foi de 1,70%, marcando o oitavo mês consecutivo de inflação nos alimentos na capital fluminense. Apesar da continuidade do aumento, houve desaceleração em relação a março, quando a elevação foi de 2,53%.

Para o presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiróz, o cenário exige atenção constante do setor.

“Apesar da desaceleração registrada em abril, a alta acumulada ainda afeta o poder de compra da população. Temos alertado os supermercadistas a agir com responsabilidade na formação dos preços e batalhar pela melhor negociação com os fornecedores”, destacou.

Com o novo reajuste, o custo da cesta básica no Rio chegou a R$ 849,70, se tornando a terceira capital com a cesta mais cara do país, atrás de São Paulo (SP) (R$ 909,25) e de Florianópolis (SC) (R$ 858,20). A cesta básica de Belo Horizonte (MG) (R$ 752,60), a capital mais barata do Sudeste, custou R$ 97,10 a menos que na capital fluminense.

Os produtos que mais influenciaram a alta no mês de abril foram o café em pó, a batata, o tomate e o pão francês. As causas apontadas envolvem a menor oferta global, dificuldades climáticas que prejudicaram a colheita, baixa produtividade em algumas regiões e o aumento das importações, especialmente de trigo. Por outro lado, o arroz-agulhinha e o óleo de soja apresentaram queda nos preços, beneficiados pela intensificação da colheita e pelos recuos nas cotações internacionais.

Fábio Queiróz também reforça a importância de políticas públicas e medidas estruturantes para conter os impactos da inflação alimentar.

“É fundamental que o país avance em políticas de estímulo à produção agrícola, sobretudo da agricultura familiar, além de ações de infraestrutura logística que reduzam perdas e custos ao longo da cadeia. O combate à inflação dos alimentos exige um esforço conjunto entre governo, produtores e varejistas”, afirmou.

De acordo com o Dieese, 15 das 17 capitais pesquisadas apresentaram inflação em abril. O Rio de Janeiro registrou a quarta menor variação de preços entre elas, com taxa abaixo da média nacional, que foi de 2,45%. Ainda assim, os sucessivos aumentos demonstram que o custo da alimentação continua pesando fortemente no bolso dos consumidores fluminenses.

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