Chefe do tráfico é morto em operação da PM no Rio

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Foto: Reprodução

Thiago da Silva Folly, conhecido como TH, era considerado um dos principais chefes do tráfico de drogas, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Aos 36 anos, ele foi morto na manhã desta terça-feira durante uma operação da Polícia Militar. Segundo as autoridades, TH estava escondido em um “bunker” na comunidade do Timbau, uma das áreas sob seu domínio, ao lado da Vila dos Pinheiros, Vila do João, Salsa e Merengue e Conjunto Esperança.

Apontado como um dos líderes do Terceiro Comando Puro (TCP), segunda maior facção criminosa do estado, TH era alvo de inquéritos por crimes como tráfico de drogas, roubo de carga e homicídio. Nos últimos anos, o traficante entrou na mira de operações de grande porte, como a segunda fase da Operação Maré, realizada em 2023, que investigava o treinamento de criminosos em comunidades da facção, inclusive em um clube na Vila do João.

O chefe do tráfico também foi denunciado por envolvimento na morte de agentes das forças de segurança. Em 2014, ele foi acusado de participação no assassinato do cabo do Exército Michel Augusto Mikami, morto com um tiro na cabeça durante a ocupação das Forças Armadas na Maré.

Dois anos depois, às vésperas da Olimpíada do Rio, foi apontado como responsável pela morte do soldado da Força Nacional Hélio Andrade, que entrou por engano na Vila do João e teve a viatura fuzilada. Mais recentemente, em junho de 2023, a Polícia Militar o vinculou à morte de dois PMs, Jorge Henrique Galdino Cruz e Rafael Wolfgramm Dias, também durante ação na comunidade.

Baile da Disney

Com forte influência sobre a vida social da região, TH era ainda responsável pelo financiamento do Baile da Disney, uma das festas mais conhecidas do tráfico no Rio. Realizado semanalmente no campo da Vila do João, o evento costumava atrair multidões com shows de artistas populares — como o rapper Oruam — e já teve a presença da influenciadora Deolane Bezerra, que chegou a ser investigada após divulgar uma foto usando um colar em homenagem ao traficante.Apesar da fachada de festa, o baile também já foi cenário de ostentação armada. Em 2022, um vídeo mostrou homens em fila, portando ao menos 40 armas — entre elas, 37 fuzis — enquanto desfilavam e dançavam em meio ao público. No ano passado, o delegado Fabrício Oliveira, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), compartilhou imagens do local onde os criminosos atiravam para o alto, como forma de exibição de poder.

Mesmo diante da longa ficha criminal e da estrutura montada na Maré, TH seguia foragido há mais de uma década. A operação que resultou em sua morte é considerada pelas autoridades um golpe importante contra a facção que domina parte do território na capital fluminense.

Fonte: Extra

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