Dia de São Jorge: entenda a tradição que une fé, samba e feijoada 

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O dia 23 de abril é uma data emblemática para o povo fluminense. Em todo o Estado do Rio de Janeiro, onde a data é feriado oficial desde 2019, as homenagens a São Jorge — conhecido como o Santo Guerreiro — mobilizam milhões de devotos, que misturam fé, música e gastronomia em uma das celebrações mais marcantes do calendário popular.

Logo nas primeiras horas do dia, a cidade do Rio desperta com a Alvorada de São Jorge, marcada por queima de fogos e orações. A principal concentração acontece na Igreja Matriz de Quintino, na Zona Norte da capital, onde cerca de 1,5 milhão de fiéis participam de missas e procissões, levando rosas vermelhas, velas e pedidos de proteção ao santo.

Mas a celebração vai além do catolicismo. Nas religiões de matrizes africanas, como o Candomblé e a Umbanda, o dia também é dedicado a Ogum, orixá sincretizado com São Jorge. Ogum é cultuado como o senhor dos caminhos, das batalhas e da tecnologia — um guerreiro respeitado que, assim como São Jorge, simboliza força e coragem. Em terreiros e casas de axé por todo o estado, são realizadas giras, oferendas e cantigas em reverência ao orixá, reafirmando o sincretismo religioso tão característico da cultura brasileira.

A fé também se manifesta à mesa. A feijoada, prato tradicionalmente associado à celebração, ganha protagonismo nesta data. Em muitos bairros, como Madureira, Quintino e Padre Miguel, bares, restaurantes e comunidades oferecem feijoadas ao som de rodas de samba e pagode. A tradição é mais que culinária: é símbolo de união, fartura e resistência cultural. No tradicional mercado do Cadeg, por exemplo, o prato é servido com acompanhamentos especiais, reunindo famílias e amigos num clima de celebração.

No Rio, o Dia de São Jorge é mais do que um feriado — é uma festa popular que une diferentes crenças e expressões culturais em torno de um mesmo símbolo de força e proteção. Seja com missas, tambores ou feijoadas, o povo fluminense saúda com fé: “Salve Jorge! Ogunhê, meu Pai Ogum!”.

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