Doação de sangue salva a vida de adolescente de 14 anos tratada em Nova Iguaçu

“Se não tivesse essa doação de sangue, talvez a gente até perderia a vida dela”. Com essas palavras emocionadas, Leonardo Siqueira dos Santos, de 42 anos, relembrou o momento crítico em que sua filha, Gabrielly Siqueira de Jesus, então com 14 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em outubro de 2023. A transfusão de sangue foi essencial para salvar sua vida durante a internação no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI).

Histórias como a dessa família ganham ainda mais importância durante a campanha Junho Vermelho, que visa conscientizar sobre a necessidade de doação de sangue. Na última semana, Leonardo e sua esposa, Denise Afonso Almeida, de 38 anos, retornaram ao banco de sangue do HGNI para doar pela segunda vez desde o início do tratamento da filha. A adolescente também voltou à unidade para nova consulta médica e reencontrou alguns profissionais que cuidaram dela durante os quase dois meses em que ficou hospitalizada.

“As pessoas não têm noção do quanto a instituição hospitalar precisa de doações de sangue. Uma bolsa pode ajudar a salvar até quatro vidas. Não é esperar um parente ou um familiar precisar, mas vir de livre e espontânea vontade, sabendo que estará fazendo o bem para outra pessoa, como fizeram para a minha filha”, destaca Leonardo.

A situação de Gabrielly mobilizou todas as equipes do HGNI. Ela chegou à unidade em estado gravíssimo e foi imediatamente levada para o CTI para tratamento clínico e cirúrgico. A menina precisou de quatro transfusões de sangue para estabilizar seu quadro de saúde, o que foi essencial para que as cirurgias minimizassem os impactos do AVC e colaborassem com o tratamento. Gabrielly, agora com 15 anos, segue fazendo acompanhamento ambulatorial e, mesmo que remotamente, continua seus estudos e atividades com o auxílio dos pais.

O médico do CTI do HGNI e um dos coordenadores do setor, Thiago Souza, de 40 anos, reencontrou Gabrielly no banco de sangue, acompanhado do fisioterapeuta Braz Perpétuo, de 47, que ajudou na reabilitação da paciente.

“Hoje a gente sabe que a transfusão de sangue muda vidas, principalmente para os pacientes que chegam graves ao nosso hospital. Se não tivesse sido feita na Gabrielly, ela não teria condições clínicas e hemodinâmicas para fazer qualquer procedimento cirúrgico. Isso foi primordial para que ela esteja aqui conosco”, explica o médico.