A decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retomar tarifas de 10% sobre todos os produtos importados, caso volte ao cargo, já causa preocupação no setor varejista brasileiro. Embora a medida ainda seja uma proposta de campanha, especialistas e representantes do setor supermercadista alertam para possíveis impactos nos preços de alimentos, bebidas e insumos importados, que compõem parte relevante da cadeia de abastecimento no Brasil.
Segundo a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), a medida pode provocar aumento nos custos logísticos e operacionais, repassando os reajustes ao consumidor final. Produtos como azeite, bacalhau, vinhos e até itens de higiene, que muitas vezes vêm de países que exportam para os EUA antes de chegar ao Brasil, podem sofrer reajustes significativos.
Além disso, uma escalada tarifária pode desencadear tensões comerciais globais, com impacto no câmbio e na inflação brasileira. O Brasil, mesmo não sendo alvo direto da medida em alguns setores, pode ser afetado indiretamente pelo aumento no custo de matérias-primas e pela reorganização das cadeias globais de suprimentos.
A possibilidade de uma nova guerra comercial reforça a necessidade de diversificação de fornecedores e incentiva o fortalecimento da produção nacional. No entanto, os efeitos de curto prazo podem ser sentidos ainda em 2025, dependendo do cenário político e econômico internacional.
O Dia
