GAECO/MP-RJ denuncia integrantes da família Avelino por três homicídios

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) denunciou à Justiça João Pedro Bernardes Aguiar de Oliveira, conhecido como João Pedro Avelino, e Felipe Aguiar de Oliveira Filho, o Filipinho Avelino, por três homicídios qualificados consumados e cinco homicídios qualificados tentados. João Pedro Avelino já está custodiado e, a pedido do GAECO/MPRJ, o Juízo da 2ª Vara de Paraíba do Sul determinou a conversão de sua prisão temporária em preventiva.

Atendendo também a um pedido do GAECO/MPRJ, a Justiça deferiu mandados de busca e apreensão em Paraíba do Sul, no interior do Rio de Janeiro, e em Rio Maria, no Pará. Os mandados foram cumpridos nesta segunda-feira (15), em uma ação conjunta de agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), e do GAECO do Ministério Público do Estado do Pará.

De acordo com a denúncia, os crimes ocorreram em 23 de outubro de 2022, durante uma festa no Riachuelo Esporte Clube, em Paraíba do Sul. O principal alvo dos denunciados era o policial militar George Rodrigo Mendes. As investigações revelaram que o crime foi motivado por vingança, pois os acusados estavam insatisfeitos com a condução de outros integrantes da Família Avelino à delegacia por crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, em janeiro de 2022.

Na ação criminosa, os denunciados mataram três pessoas e tentaram assassinar outras cinco, durante uma festa, na frente de diversas testemunhas. Os promotores destacam que o crime foi cometido por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que foi surpreendida pelos disparos enquanto assistia a um show e foi alvejada na parte posterior do crânio. Além disso, os tiros foram disparados em um clube cheio de pessoas, resultando em perigo comum.

As investigações comprovaram que João Pedro Avelino foi o executor dos disparos, enquanto Filipinho Avelino dirigiu o veículo que levou o atirador ao local e depois facilitou sua fuga.

A denúncia ressalta que algumas testemunhas, ao associarem os réus à Família Avelino, tentaram modificar seus depoimentos e até mesmo se mudar para outro país, devido à fama da família de eliminar opositores. A ação penal também indica que João Pedro Avelino teria acertado a morte do informante com milicianos da Baixada Fluminense.

João Pedro Avelino responde ainda a outro processo por duplo homicídio, ocorrido em Novo Repartimento, no Sudeste do Pará, onde foi preso em 16 de maio deste ano.