Greve em Rio das Ostras: professores protestam contra condições precárias e uso de spray de pimenta

Os servidores da educação de Rio das Ostras decidiram entrar em greve após a Polícia Militar usar spray de pimenta para dispersar professores durante uma manifestação. A decisão de paralisar as atividades foi tomada como último recurso, diante da falta de diálogo e de medidas efetivas por parte do Prefeito Marcelino Borba e seu possível pré-candidato Maurício BM. A frustração acumulada ao longo de meses de tentativas infrutíferas de negociação com a administração municipal também motivou a paralisação.

Os educadores argumentam que há anos enfrentam condições precárias de trabalho, salários defasados e falta de valorização profissional. “Estamos lidando com salas superlotadas, falta de estrutura nas escolas e ausência de materiais básicos para o ensino adequado dos nossos alunos”, desabafou uma professora na rede social.

A greve, que começou com assembleias e manifestações pacíficas, ganhou força conforme os servidores perceberam que suas demandas não eram levadas a sério pela administração municipal. “Não podemos mais esperar. O Prefeito e seu candidato, que buscam a reeleição, ignoram nossos problemas enquanto fazem promessas vazias em campanha”, critica outro manifestante.

Além disso, os servidores reivindicam melhores condições de trabalho, aumento salarial e maior investimento na infraestrutura das escolas. “Não podemos continuar trabalhando em condições tão precárias. Precisamos de um ambiente digno para ensinar e aprender”, destacou outro professor.

Os grevistas afirmam que estão dispostos a manter a paralisação até que medidas concretas sejam tomadas para resolver os problemas estruturais e salariais que afetam diretamente a qualidade da educação pública em Rio das Ostras. Enquanto isso, a população e alguns pais dos alunos manifestam apoio em redes sociais à causa dos educadores, destacando a importância de um diálogo aberto e de ações imediatas por parte da Prefeitura.

Em nota a Prefeitura de Rio das Ostras informou que atendeu os direitos dos profissionais da Educação, garantindo a recomposição salarial, o aumento de 50% dos vales transporte e alimentação, a criação da Gratificação de Valorização do Magistério no valor de 500 reais, abonos financeiros especiais, incorporação de 10% do salário da antiga gratificação de assiduidade, regularização de promoções e progressões no PCCV, e recomposição de perdas salariais, conforme o novo Estatuto do Servidor Público.

Com informações do jornal O Dia