A Justiça do Rio condenou, nessa terça-feira (11), Magno Ribeiro Meirelles a 40 anos de prisão por matar uma criança de 2 anos asfixiada no Complexo do Chapadão, na Zona Norte, em 2021. Segundo a acusação, o crime foi cometido por motivo torpe. A decisão veio através do júri popular.
Em dezembro de 2021, o menino, que estava sob cuidados do homem, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros, também na Zona Norte, com sinais de estrangulamento e agressão. A equipe médica constatou o óbito. A criança foi levada para a UPA pelo próprio autor, que fugiu logo depois.
Magno foi preso preso preventivamente no início de 2022. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), o assassinato aconteceu por motivo torpe, tendo em vista a “satisfação pessoal em eliminar a vida humana” do acusado.
O laudo de exame de necropsia apontou como uma das causas da morte a asfixia mecânica pela constrição do pescoço através de ação contundente e esganadura.
“O crime de homicídio foi cometido mediante recurso que impediu a defesa da vítima, eis que se tratava de vítima frágil, que se encontrava sob a guarda do denunciado, nutrindo neste a confiança de cuidados, tendo sido atacada no interior da residência, em seu quarto, não podendo esboçar qualquer reação de defesa efetiva, nem mesmo a de gritar, uma vez que foi esganado”, destacou o MPRJ na denúncia.
Na terça, o Tribunal do Júri reconheceu que o crime foi cometido por motivo torpe, evidenciado pela brutalidade e desprezo pela vida humana; por asfixia mecânica; praticado com meio cruel, causando intenso sofrimento; e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, dada sua idade, vulnerabilidade e o fato de estar sob a guarda do agressor dentro de casa.
