Horário de verão pode gerar economia de R$400 milhões

A crise hídrica se agravou e levou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a declarar situação crítica no rio Xingu, o que pode acabar paralisando a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O cenário piora, e o governo já teme acionar mais termelétricas, que têm um custo mais alto. Enquanto isso, o governo decidirá sobre a volta do horário de verão no país apenas após o primeiro turno. Isso deve ocorrer por volta do dia 10 de outubro.

Se a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva for pela volta do horário de verão, o que é uma tendência, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já avisou à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, que ele seria adotado apenas depois do segundo turno das eleições municipais. 

A ministra alertou o governo para o risco de uma mudança de última hora atrapalhar a votação no país. Pelos cálculos do governo, o horário de verão pode gerar uma economia de R$ 400 milhões em energia elétrica neste ano. 

Mas a sua volta ainda não é totalmente consensual dentro do governo. Assessores presidenciais defendem a análise de outras alternativas antes de uma decisão pela volta do sistema. O horário de verão determina aos brasileiros adiantar em uma hora o seu relógio em boa parte do país. 

Em outubro, a Aneel já determinou o uso da bandeira vermelha de patamar dois, o que encarece ainda mais a conta de luz. 

O temor do governo é o impacto na inflação e no bolso das famílias. Mas, por outro lado, a equipe do Ministério de Minas e Energia garante que não há risco de faltar energia. O que pode acontecer é uma energia mais cara neste final de ano.

Fonte: G1