Julgamento dos acusados de matarem o assessor parlamentar ‘Carlão’ será na terça-feira

Foi marcado para a próxima terça-feira (22), às 10h no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos, o julgamento dos acusados do assassinato de Carlos Roberto Rocha Ritter, o Carlão, que aconteceu no dia 28 de maio de 2020. Os envolvidos são Wagner Souza, funcionário do setor offshore, apontado como mandante do crime e ex-namorado da companheira da vítima; o motoboy Matheus Douglas Santos Silva; e Douglas Souza Silva, acusado de ter efetuado os disparos.

O músico Serginho Pagodinho, irmão da vítima, é responsável pelos projetos sociais em que atuava Carlão. “Eu entendo que os assassinos de meu irmão devem pegar pena máxima, de 30 anos, pela covardia do crime, matando uma pessoa que nem teve sequer chance de defesa. É uma dor que não tem fim e até o fim de nossas vidas vamos ter que conviver com o luto”, disse Serginho.

 “Ele era um cara do bem, que gostava de ajudar as pessoas, homem trabalhador e cumpridor de seus deveres. Infelizmente, por causa de uma mulher, morreu estupidamente. Essas pessoas tem que pagar pelo crime que enlutou nossa família para o resto da vida e para que as pessoas parem de resolver seus problemas por meio da violência”, comentou Serginho.

Carlão estava em casa, quando homens chegaram em uma moto e o chamaram no portão, momento em que houve os disparos. Um dos suspeitos presos é Wagner Souza, funcionário do setor offshore apontado como mandante do crime, ex-namorado da atual companheira da vítima.

CARLÃO E SEUS PROJETOS – Carlão de Nova Brasilia, como era conhecido, tinha uma intensa participação na vida comunitária. Criou e coordenava um projeto de futebol e inclusão social que atendia crianças nos bairros Nova Brasília, Esplanada e Julião Nogueira, além de ser organizador da “Rancheirada do Nova Brasilia”, atividade folclórica de cultura popular realizada anualmente. 

Além da escolinha de futebol do projeto “Carlão Batendo um Bolão”, que atende a mais de 60 crianças naqueles bairros, o programa foi ampliado com o futsal pela parte da manhã e, agora também, com o futebol feminino, no Esplanada. As atividades contam com o apoio da Fundação Municipal dos Esportes, no projeto Esporte Vida, coordenado pelo professor Leonardo Mantena.

Além do Goytacaz e Rio Branco, Carlão atuou em outros clubes e no futebol da Venezuela e pai do goleiro Patrick Ritter, que atua no Americano.

Fonte: Campos 24Horas