Mãe e bebê morrem em maternidade de Campos e família alega negligência

A família de Andreza Cordeiro, de 28 anos, clama por justiça após a morte da jovem e de seu filho, Anthony, no último sábado (03), na Maternidade Lilia Neves, em Campos.

De acordo com relato da irmã de Andreza, ela estava na 35ª semana de gestação e na madrugada do sábado começou a sentir fortes dores na região abdominal e apresentar febre. Ao ir até a maternidade ainda durante a madrugada, o médico que realizou o atendimento teria receitado antibiótico e a liberou para ir para casa sem ter feito nenhum exame aprofundado.

Às 7h da manhã Andreza retornou à maternidade com dores ainda mais forte, sendo necessário realizar um exame de ultrassom de vias urinárias, porém, a unidade não tinha médico de plantão para realizar tal exame. Apenas ás 13h30 decidiram fazer uma ultrassom abdominal e foi constatado que Anthony já estava sem vida. Os médicos então tentaram realizar uma cesárea emergencial, na tentativa de reanimar o bebê, mas sem sucesso. Às 17h foi constatada a morte de Anthony e Andreza.

A família alega que houve negligência por parte da médica que acompanhou a gravidez de Andreza, que não quis comparecer ao hospital alegando que não estava de plantão, e também da Maternidade Lilia Neves, que não tinha plantonistas para realizar exames de ultrassom, que se fossem realizados ainda durante a madrugada, o Anthony e da Andreza poderiam ter sido salvos.

MATERNIDADE EMITE NOTA
A Maternidade Lilia Neves emitiu uma nota, publicada no site J3 News, onde alega que “Destacamos que imediatamente foi aberta uma sindicância interna, responsável por realizar uma apuração minuciosa e rigorosa de todo o ocorrido, conduzida em conformidade com os princípios éticos e legais que regem a prática médica, respeitando todos os envolvidos. Caso sejam identificadas quaisquer irregularidades ou violações das normas internas e legislação vigente, a Clínica Cirúrgica e Maternidade Lília Neves adotará todas as medidas necessárias visando garantir a adequada solução, correção e a prevenção de reincidências”.

Tentamos contato também com a médica Sumara Valinho, mas não obtivemos retorno até esta publicação.

Fonte: O Diário NF