O clima esquentou na sessão desta quarta-feira na Câmara Municipal. O presidente da casa, Marquinho Bacellar, apenas concedeu palavra aos vereadores de oposição, censurando Juninho Virgílio, único parlamentar da base presente no plenário.
A maioria dos vereadores faltou por conta da audiência pública, convocada pelo prefeito Wladimir Garotinho para discutir a LOA com a sociedade civil organizada, já que Bacellar se recusa a pautar a mesma.
Juninho Virgílio chegou ao plenário e logo foi impedido de registrar presença no tablet que fica disponível aos vereadores. Mesmo assim se manteve sentado. O presidente alegou naquele momento que “já havia encerrado inscrições para uso da palavra”, contudo o painel apenas mostrava o nome de Helinho Nahim, que discursava no momento.
Em seguida passou a palavra para Fred Machado e Marquinho Bacellar na sequência foi a tribuna. Neste momento, enquanto Marquinho se desloca, Juninho diz “presidente, questão de ordem”, e Bacellar simplesmente ignora. Depois discursaram Dandinho de Rio Preto, Rogério Matoso e Maicon Cruzz, aí Marquinho encerrou a sessão, mesmo sendo chamado por Virgílio.
Juninho foi em direção a tribuna e quando começou a falar, o microfone foi desligado.
“Você é um ditador! Eu quero saber qual foi a hora que o senhor abriu inscrição aqui”, perguntou Virgílio.
Enquanto Juninho tentava falar, um grupo da plateia, capitaneados pelo eternamente inelegível Marcos Bacellar (pai de Marquinho), entoava gritos.
“O presidente é ditador! Eu vim pra falar hoje pra ele, mas terça-feira eu estou aqui”, concluiu Juninho.