O Hospital Ferreira Machado (HFM) realizou na última semana mais uma captação de órgãos, a nona do ano. Esse resultado foi possível graças ao esforço conjunto da equipe do NF-Transplante (Comissão de Doação de Órgãos do HFM) e da Central Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro (CET/RJ). A doadora, uma mulher de 56 anos e moradora de Campos, teve o diagnóstico de morte encefálica após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Desde janeiro deste ano, portanto, o HFM já captou 12 rins, cinco fígados, oito córneas e um coração.

Quatro pacientes beneficiados
Nesse último caso, os profissionais captaram rins e córneas, beneficiando quatro pacientes na lista de espera para transplantes. Ademais, a irmã da doadora concedeu a autorização para a doação após conversas e consenso familiar.

A médica responsável pela Comissão de Doação de Órgãos do HFM, Patrícia Rangel, enfatizou a importância do acolhimento às famílias em luto. “O acolhimento é a nossa prioridade. Toda a conversa que nós, da equipe do HFM, fazemos gira em torno de explicações claras, compreensão e conforto. Apenas dessa forma podemos seguir com o tema”, esclareceu.
Processo de Doação
A doação de órgãos após a morte encefálica é essencial para salvar vidas. Nessa condição, os principais órgãos vitais do paciente permanecem aptos para transplante. Órgãos como coração, pulmões, fígado, rins, pâncreas e intestino, além de tecidos como córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas, podem ser doados nesse contexto. A legislação brasileira, conforme a lei nº 10.211, de 23 de março de 2001, exige que os familiares autorizem a retirada dos órgãos e tecidos para doação.