Número de mortes em terremoto na Turquia e Síria passa de 21 mil

As equipes de emergência prosseguem nesta sexta-feira, 10, com as buscas por sobreviventes entre os escombros provocados pelo terremoto que afetou a Síria e a Turquia na segunda-feira, 6, um dos mais devastadores em décadas na região, um balanço provisório aponta que o número de mortos já passa de 21 mil. Pelo menos mais de 78 mil pessoas ficaram feridas, segundo dados do governo turco, dos Capacetes Brancos e da mídia estatal síria.

A ajuda humanitária começou a chegar à Turquia. A Alemanha anunciou o envio de 90 toneladas de material por avião. Ao mesmo tempo, o acesso à Síria, que está em guerra civil e com o regime alvo de sanções da comunidade internacional, é muito mais complicado.

A guerra destruiu hospitais e provocou problemas no abastecimento de energia elétrica e água na Síria, mas a Organização das Nações Unidas (ONU) só consegue enviar ajuda para as zonas controladas por rebeldes no noroeste do país através de Bab al Hawa, na fronteira com a Turquia.

A diplomacia turca afirmou que está trabalhando para abrir outros dois pontos de passagem “com as regiões sob controle do governo sírio, por razões humanitárias”.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu ao Conselho de Segurança que autorize a abertura de novas passagens de ajuda humanitária entre os países. “Este é o momento da unidade, não é o momento de politizar ou dividir. É óbvio que precisamos de muito apoio”, disse.

O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou na quinta-feira, 9, que visitaria a Síria e a presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Mirjana Spoljaric, chegou a Aleppo, na Síria.

Nos dois lados da fronteira, milhares de casas foram destruídas e as equipes de emergência intensificam os esforços, mas as possibilidades de encontrar sobreviventes são cada vez menores após o período de três dias que os especialistas consideram crucial.

Fonte: ODIA