Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas por uma nova polêmica: os bebês reborn. Trata-se de bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos com impressionante fidelidade, incluindo detalhes como pele macia, cabelos implantados fio a fio e olhos de vidro. Vídeos no TikTok e Instagram mostram adultos cuidando dessas bonecas como se fossem bebês reais, agendando consultas médicas, dando mamadeira, trocando fraldas e até tentando utilizar assentos e filas preferenciais.
A prática gerou debates acalorados. Alguns internautas questionam a sanidade dos adultos envolvidos, enquanto outros apontam um viés machista nas críticas, comparando com hobbies masculinos como colecionar action figures.

A polêmica chegou ao Congresso Nacional, onde foi apresentado um projeto de lei que prevê multa de até 20 salários mínimos para quem tentar obter benefícios destinados a crianças utilizando bebês reborn. A proposta ainda precisa ser discutida e aprovada pelas casas legislativas.
Especialistas destacam que, embora a arte reborn possa ser terapêutica para alguns, é importante distinguir entre ficção e realidade. A psicóloga clínica Larissa Fonseca afirma que atividades lúdicas ativam áreas do cérebro relacionadas à criatividade e ao prazer, desde que não se tornem uma fuga da realidade.
Enquanto isso, a comunidade reborn continua a crescer, com encontros de colecionadores e influenciadores digitais compartilhando suas experiências. A discussão sobre os limites entre arte, terapia e comportamento social segue aberta.