A Petrobras confirmou que uma obra em atraso na Estrada dos Ceramistas, em Campos dos Goytacazes (RJ), dificultou o transporte de suprimentos, afetando o abastecimento de alimentos na plataforma P‑51, na Bacia de Campos. Problemas no tráfego de carretas na área urbana foram apontados como causa principal pela estatal. As obras são realizadas pelo governo do Estado.
O Departamento de Estradas e Rodagens (DER) já apontou algumas datas de entrega, que não foram realizadas. Na última semana, o governador em exercício disse que a obra será concluída até o final do ano. O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, por meio de suas redes sociais, tem cobrado incisivamente a conclusão das obras que prejudicam o tráfego de veículos na área urbana do município, além de, segundo ele, danificar as vias com o transporte de veículos pesados.
Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro‑NF), que monitorou a situação, os trabalhadores relataram, desde o começo do mês, falhas no fornecimento de itens básicos em suas refeições. A Petrobras explicou que recorreu a substituições alimentares — mantendo calorias e energia —, mas admitiu que a troca de pães por biscoitos, por exemplo, não satisfaz as preferências dos tripulantes.
O coordenador do Departamento de Saúde do Sindicato, Alexandre Vieira, destacou que garantir apenas o teor calórico não supre as expectativas nutricionais e de conforto dos trabalhadores: “Nunca vai ser um bom café só biscoitos para a maioria das pessoas”.
Além dos entraves logísticos na estrada, a estatal mencionou outro incidente: uma embarcação atrasou devido a problemas mecânicos, retornando ao porto e atrasando ainda mais a entrega dos insumos.
A Petrobras assegurou que o problema já foi solucionado. O Sindipetro-NF continua acompanhando o ocorrido e convida os trabalhadores a enviarem relatos por e-mail, caso ainda enfrentem dificuldades.
