PF apreende cerca de R$ 200 mil na casa de ex-prefeito de Duque de Caxias

Na segunda fase da Operação Venire, que investiga supostas fraudes em cartões de vacina contra a Covid-19, a Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 200 mil em espécie na casa do ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis. A operação foi realizada na manhã desta quinta-feira em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra agentes públicos ligados ao município, que teriam facilitado a inserção de dados falsos de vacinação. A ação visa identificar novos beneficiários do esquema fraudulento, conforme informou a PF.

Entre os alvos, estão o atual secretário estadual de Transportes Washington Reis, ex-prefeito de Caxias, e Célia Serrano, secretária de Saúde do município. Reis era aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e irmão do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), que foi indiciado com Bolsonaro em março. 

Na casa de Reis, agentes encontraram cerca de R$ 200 mil em espécie: 164 mil em reais, 5.700 em dólares e 170 em euros. De acordo com a PF, o dinheiro estava em uma mochila e em bolsos de paletós de Reis e está sendo levado para a sede da corporação, na Praça Mauá. Será investigada a origem desse recurso. Em declaração após a operação, Reis disse que não iria “bater boca com a Justiça”. 

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e Gutemberg Reis no caso da fraude das carteiras de vacina. Eles foram acusados dos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação. 

Ao concluir inicialmente o relatório, em março, a PF apontou que Bolsonaro não apenas tinha ciência do esquema de fraude, como ordenou a falsificação. 

“Vários atos de acesso ao sistema ConecteSUS, inclusive a impressão de certificado de vacinação ideologicamente falso, foram praticados na residência oficial da Presidência da República, Palácio do Alvorada, ocupada na época dos fatos por Jair Messias Bolsonaro”, afirmava o primeiro relatório da PF.

Fonte: Extra