PF deflagra Operação Conexão Oculta no Rio 

Nesta quinta-feira, 10/10, a Polícia Federal deflagrou a Operação Conexão Oculta com o objetivo de apurar a prática dos crimes de armazenamento e compartilhamento de mídias contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil na rede mundial de computadores.
 
Na ação de hoje, policiais federais da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DELECIBER) cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do investigado, localizada na Penha, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro. O mandado judicial foi expedido pela 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro.
 
A investigação foi iniciada quando policiais federais detectaram a circulação de 38.449 arquivos contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil em plataformas da internet. A partir disso, foi identificado que o alvo da operação compartilhou pelo menos 4.676 fotos e vídeos do tipo na rede mundial de computadores.
 
Durante cumprimento do mandado, os policiais federais localizaram diversas imagens (vídeos/fotos) com conteúdo de abuso sexual infantil armazenadas em uma HD, onde o investigado salvava os arquivos, o que resultou em sua prisão. Além do referido HD, foram apreendidos computador, celular, dispositivos eletrônicos e outras mídias de armazenamento que serão submetidos à perícia técnica para localização e identificação de outros arquivos que evidenciem a prática de outros crimes.
 
O investigado, de 59 anos, foi preso em flagrante pelo crime previsto no artigo 241-B do ECA (armazenar), além de responder pelo compartilhamento de mídias contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil. Se somadas, as penas podem chegar a 10 anos de prisão.
 
Vale ressaltar que o mero ato de armazenar mídias contendo cenas de abuso sexual infantojuvenil, mesmo sem o compartilhamento do material, já configura crime hediondo e não permite o arbitramento de fiança.