PF deflagra operação em Campos; Deputado Thiago Rangel é alvo de investigação

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira (14), a Operação Postos de Midas, em Campos, com o objetivo de apurar crimes como fraudes em licitações, organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais. A operação, que contou com o apoio da Receita Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro, tem entre seus alvos o Deputado Estadual Thiago Rangel (PMB), eleito vereador em Campos em 2020 e Deputado Estadual em 2022.

De acordo com as investigações, o patrimônio de Thiago Rangel, que era de R$ 224 mil em 2020, saltou para quase R$ 2 milhões em poucos anos, um aumento que chamou a atenção das autoridades. O parlamentar é suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos por meio de fraudes em licitações e contratos públicos.

A operação visa desmantelar a organização criminosa que, segundo a PF, teria desviado milhões de reais de cofres públicos, utilizando esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro para ocultar os recursos. Além de Thiago, outras figuras públicas e empresários da região estão sob investigação.

Além disso, o Ministério Público e a Receita Federal estão apurando também a participação de servidores e empresas locais que teriam sido beneficiados pelo esquema. Thiago Rangel ainda não se pronunciou sobre as acusações.

A Operação Postos de Midas, entretanto, é o resultado de meses de monitoramento e pode ter novos desdobramentos.

Nome da operação é uma analogia

O nome da Operação, Postos de Midas, é uma analogia ao Rei Midas da Frigia. Segundo a mitologia, portanto, ele adquiriu o poder de transformar em ouro tudo que tocava. O nome faz referência ao crescimento exponencial do patrimônio do investigado. Quando concorreu ao cargo de vereador por Campos, declarou um patrimônio de R$ 224 mil. O valor seria referente a dois veículos, participação no valor de R$ 60 mil em um posto de gasolina e um jet sky.

Já em 2022, quando concorreu ao cargo de deputado estadual, declarou um patrimônio de R$ 1.972 milhão. Atualmente, conta com uma vasta rede de postos de combustíveis, composta de 18 unidades, além de 12 empresas identificadas na investigação.

Por Jornal do Estado