A Polícia Federal e o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), prenderam nesta terça-feira (25) o policial civil Cyllas Elia Junior, acusado de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro do PCC por meio de fintechs.
Elia Junior, que se apresenta como CEO do 2GO Bank, estava afastado da Polícia Civil desde 2022, mas retornou às atividades no início deste ano. Ele já havia sido preso anteriormente por envolvimento na lavagem de dinheiro para criminosos chineses.

A investigação aponta que o 2GO Bank e a InvBank movimentaram cerca de R$ 30 milhões para a facção criminosa, utilizando a compra de imóveis para ocultar a origem ilícita dos valores. A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 27 milhões dos investigados e das empresas, além da suspensão das atividades das fintechs.
A operação é um desdobramento da delação de Vinicius Gritzbach, que confessou atuar na lavagem de dinheiro para o PCC e foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos no ano passado. Segundo o promotor Lincoln Gakiya, o crime organizado evoluiu e já opera no mercado financeiro formal.
Além da prisão do policial, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados às fintechs e a seis pessoas envolvidas no esquema. Procurada, a defesa de Cyllas Elia Junior afirmou desconhecer a prisão e não quis comentar o caso.