O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), assumiu interinamente o governo do Estado nesta segunda-feira (16), durante o período de licença de dez dias do governador Cláudio Castro (PL). A posse temporária ocorre após a saída de Thiago Pampolha (MDB) da vice-governadoria para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), o que abriu caminho para Bacellar, primeiro na linha sucessória, assumir o Palácio Guanabara.
A interinidade tem forte peso político. Pré-candidato ao Governo do Estado em 2026, Bacellar iniciou sua agenda como governador em exercício com uma série de compromissos no Norte Fluminense, região onde construiu sua base eleitoral. Entre as ações, estão a inauguração de um destacamento do Corpo de Bombeiros em Campos dos Goytacazes, sua cidade natal, o lançamento da pedra fundamental de uma nova policlínica da Polícia Militar e a inauguração de um quartel dos Bombeiros em São Francisco de Itabapoana.

No entanto, a visita à cidade ocorre em meio a uma forte crise institucional. O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (SD), acusa Bacellar de liderar um boicote financeiro contra a saúde pública do município. Segundo o prefeito, o governo estadual, sob influência do atual presidente da Alerj, teria “zerado propositalmente” os repasses para a área da saúde em Campos, asfixiando financeiramente a rede municipal e colocando em risco o atendimento à população.
A denúncia, publicada no perfil do prefeito e divulgada pelo Jornal do Estado RJ, aponta que a medida teria motivação política e caracteriza uma perseguição institucional. “Não se trata apenas de falta de repasse, mas de uma ação deliberada para prejudicar a gestão municipal”, afirma Wladimir, que intensificou as críticas nas redes sociais e cobra transparência do Governo do Estado.
Por Jornal do Estado