Joab da Conceição Silva, apontado pelas autoridades como o homem que tramou a invasão à 60ª DP (Campos Elíseos), em Duque de Caxias, na noite de sábado, tem uma extensa ficha criminal: são 55 passagens pela polícia por crimes como tráfico, associação para o tráfico, porte ilegal de arma, extorsão, roubo de carga e receptação. Contra ele, há dois mandados de prisão em aberto, expedidos em 2019 e 2023, pelos crimes de tráfico e homicídio.
De acordo com informações do Disque-Denúncia, que divulgou um cartaz para ajudar a localizar o acusado, Joab é chefe do tráfico na comunidade Rua Sete, também em Campos Elíseos. As investigações apontam que o traficante comanda uma quadrilha bem armada e está à frente de disputas territoriais entre facções criminosas rivais na região.
Ao comentar a invasão, o governador Cláudio Castro escreveu que “o vagabundo terrorista que orquestrou o ataque à delegacia foi beneficiado pela famosa saidinha dos ‘direitos humanos’”. Em outubro de 2019, Joab obteve direito à Visita Periódica ao Lar, benefício concedido pela Vara de Execuções Penais (VEP), e nunca mais voltou para a cadeia. Ele foi preso pela primeira vez em fevereiro de 2012 e fugiu em abril de 2017. Foi recapturado em dezembro do mesmo ano, mas saiu do sistema em outubro de 2019. Ele está condenado a 16 anos por tráfico de drogas.
Joab é acusado de ter invadido a delegacia para resgatar o traficante Rodolfo Manhães Viana, o Rato, de 34 anos, apontado pela polícia como chefe da venda de drogas na favela Vai Quem Quer, e seu segurança, Wesley de Souza Espírito Santo, de 30 anos. Mas quando os bandidos entraram na 60ª DP descobriram que os dois já tinham sido transferidos para o sistema penitenciário. Segundo as investigações da 60ª DP, bandidos da Vai Quem Quer estavam indo para o Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio, apoiar o Comando Vermelho na disputa pelo controle da favela, invadida na semana passada por traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP).
Fonte: Extra
