Na manhã da última terça-feira (11), uma operação policial foi realizada no Complexo da Maré, Rio de Janeiro. Em resposta a questionamentos sobre a ação, o governador Cláudio Castro assegurou que todos os protocolos estabelecidos pela Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635 foram rigorosamente seguidos.
A ADPF 635, também conhecida como “ADPF das Favelas”, é uma medida do Supremo Tribunal Federal (STF) que estabelece diretrizes para operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro. Entre suas principais determinações, está a restrição do uso de operações durante a pandemia de COVID-19, exceto em casos absolutamente excepcionais, além da obrigação de preservar vidas e reduzir ao máximo a letalidade.
O governador Cláudio Castro destacou o comprometimento das forças de segurança com essas diretrizes, enfatizando que a operação no Complexo da Maré foi planejada e executada com cuidado para minimizar riscos à população local. “Todos os protocolos foram cumpridos. Estamos atuando dentro da legalidade e com responsabilidade, visando sempre a segurança dos cidadãos”, afirmou Castro.
A operação, que teve como objetivo o combate ao tráfico de drogas e a apreensão de armamentos ilegais, contou com a participação de diversas unidades especializadas da Polícia Militar e da Polícia Civil. Segundo o governo estadual, a ação resultou na apreensão de armas, drogas e na prisão de suspeitos envolvidos em atividades criminosas.
No entanto, a intervenção policial gerou apreensão entre os moradores da região. Relatos de tiroteios e bloqueios de vias foram registrados, impactando a rotina da comunidade. Organizações de direitos humanos e associações de moradores têm observado e relatado os desdobramentos dessas operações, cobrando transparência e rigor no cumprimento dos protocolos de segurança e direitos humanos.
As autoridades continuam monitorando a situação no Complexo da Maré, garantindo que quaisquer denúncias de abusos ou excessos sejam prontamente investigadas.