Uma recente pesquisa identificou que o solo em partes da cidade do Rio de Janeiro está perdendo estabilidade, com processos de afundamento e deslocamento do terreno. O retrato alarmante reflete tanto fatores naturais – como chuvas intensas – quanto influência da ocupação humana, e reforça a necessidade de ações preventivas coordenadas.
Solos instáveis e cenários de risco
Especialistas alertam que o aumento da pressão da água no solo, comum em encostas e morros após chuvas, reduz significativamente a resistência do terreno, potencializando a ocorrência de deslizamentos . No Rio, morros urbanos e comunidades vulneráveis sofrem especialmente com esse fenômeno, devido à falta de infraestrutura e drenagem adequada .

Ocupação irregular agrava o problema
Diversos estudos apontam que a ocupação desordenada em áreas de encostas – como favelas e loteamentos informais – intensifica o risco geológico. Isso porque a retirada da vegetação, a escavação sem controle e o acúmulo de resíduos no solo interferem na capacidade natural do terreno em drenar água .
Estado e municípios sob alerta
Em regiões como a Baixada Fluminense, costa e morros da capital, órgãos como o Cemaden e a Defesa Civil estão emitindo alertas de risco “alto” a “muito alto” para deslizamentos . Entre as estratégias adotadas, destacam-se: instalação de sirenes comunitárias, obras de contenção, ações de drenagem e plantio de vegetação nativa.
Infraestrutura e ações preventivas
Corpos técnicos apontam que além do monitoramento, é essencial investir em obras estruturais — como muros de arrimo, drenagem pluvial, desassoreamento de córregos —, bem como políticas urbanas que inibam ocupações irregulares .
A Prefeitura do Rio, por meio da Geo‑Rio, tem intensificado vistorias e obras de contenção em áreas de risco. Já o Estado investe no Cemaden‑RJ e no programa PactoRJ, que contempla investimentos em obras preventivas, tecnologias de alerta e reforço do Corpo de Bombeiros