Brasil tem grandes chances de medalha no atletismo nas próximas Olimpíadas

O Brasil tem duas grandes chances de medalha no atletismo, esporte mais tradicional dos Jogos Olímpicos: Alison dos Santos nos 400m com barreiras e Caio Bonfim na marcha atlética 20km. Ainda na marcha, a seleção nacional tem grande perspectiva de pódio no revezamento misto, prova nova que vai fazer a estreia em Olimpíadas. Ainda há uma série de atletas que brigam por fora pela medalha.

FAVORITOS AO PÓDIO

Alison dos Santos: a prova dos 400m com barreiras é uma das mais esperadas das Olimpíadas, pois nela estarão os três maiores atletas da história: Karsten Warholm, Rai Benjamin e Alison dos Santos. O pódio dificilmente sairá deste trio, mas a ordem está totalmente indefinida. Alison foi o campeão mundial em 2022, Warholm em 2023 e Rai Benjamin lidera o ranking em 2024. No único encontro do trio nesta temporada, na última sexta-feira, na etapa de Monaco da Liga Diamante, Rai venceu, Warholm ficou em segundo e Alison, em terceiro.

Caio Bonfim: foi ao pódio em todas as competições de que participou desde 2022, inclusive no Campeonato Mundial do ano passado, quando conquistou o bronze. São oito eventos seguidos com uma medalha. É a quarta Olimpíada da carreira e tem como melhor resultado a quarta posição na Rio 2016. Vive a melhor fase da carreira, é o terceiro do ranking mundial e, neste ano, bateu o recorde brasileiro da prova com 1h17m44s.

CANDIDATO AO PÓDIO

Marcha atlética por equipes a dupla brasileira, formada por Caio Bonfim e Viviane Lyra, está entre as candidatas ao pódio. Na Copa do Mundo, disputada em maio, o Brasil liderava a prova até o último quilômetro, quando Viviane foi punida, obrigada a ficar dois minutos parada. Assim, a equipe ficou em quinto lugar. China, Japão, Itália e Espanha são as principais adversárias. Na regra, o total da prova tem 42km. O homem larga e faz 12km, depois a mulher marcha 10km, o mesmo homem volta a correr mais 10km e a mulher fecha a prova nos últimos 10km.

PODEM SURPREENDER

Revezamento 4x400m masculino: o Brasil tem a melhor geração dos últimos anos nas provas dos 400m rasos. Três fizeram o índice para a prova individual – Alison dos Santos (que não vai correr os 400m sem barreiras), Matheus Lima e Lucas Carvalho. Alison já declarou que não correrá as eliminatórias (é no mesmo dia da final dos 400m com barreiras), mas disse que estará pronto para a final. O time ainda conta com Lucas Villar, Jadson Lima e Douglas Hernandes, dois deles reservas. Se todos correrem bem na final, o time pode fazer 2min57s, que é um tempo que briga pela medalha.

Luiz Maurício e Pedro Henrique (lançamento do dardo): Luiz Maurício é nono colocado do ranking mundial, com 85,57m, marca que valeu como recorde sul-americano. Pedro Henrique tem 85,11m, e é o 13º. Pelas posições no ranking parece que a dupla não tem chance, mas é muito importante lembrar que a medalha, nos últimos Campeonatos Mundiais, saiu na casa dos 86 metros. Ou seja, se algum deles melhorar um pouco a marca, já entra na briga.

Izabela Rodrigues (lançamento do disco): finalista olímpica em Tóquio, Izabela vive a melhor fase da carreira no lançamento do disco. Fez a marca de 65,25m e está na nona posição do ranking mundial. Nas últimas grandes competições, a medalha girou em torno de 68 metros. Ou seja, se melhorar três metros, o que é difícil, mas não impossível, entra na briga pelo pódio.

Viviane Lyra (marcha 20km): Viviane ficou em oitavo lugar no último Campeonato Mundial e, desde então, tem melhorado bastante suas marcas. Conseguiu bons resultados em etapas do Circuito Mundial e está em nono no ranking. 

Darlan Romani (arremesso do peso): quinto colocado na Rio 2016 e quarto em Tóquio 2021, Darlan viveu um ciclo olímpico de altos e baixos. Os principais momentos foram o título mundial indoor de 2022 e a marca feita na eliminatória do Mundial de 2023, quando liderou a bateria. Na final, não repetiu o desempenho e ficou em oitavo lugar. Neste ano, não conseguiu nenhuma boa marca e está em oitavo no ranking. 

Almir Cunha (Salto triplo): vice-campeão mundial indoor em 2018, Alimir passou por algumas lesões nos últimos anos, mas parece estar no auge da forma. Está em nono no ranking mundial e conseguiu uma importante marca de 17,31m esse ano. A medalha deve ficar em torno dos 17,50m, marca que ele já fez na carreira.

Fonte: Ge