Chefe de cooperativa de vans é preso em operação que desmantela fraude milionária no transporte público

3 minutos de leitura
Disclosure: This website may contain affiliate links, which means I may earn a commission if you click on the link and make a purchase. I only recommend products or services that I personally use and believe will add value to my readers. Your support is appreciated!

Nesta terça-feira (27), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Caronte, visando desmantelar um esquema de fraude milionária no sistema de transporte público intermunicipal. A investigação revelou que permissionários de vans simulavam viagens inexistentes utilizando cartões RioCard vinculados ao Bilhete Único Intermunicipal, resultando em prejuízos significativos aos cofres públicos.

Esquema de “Vans Fantasmas”

Os criminosos manipulavam os validadores eletrônicos instalados em suas vans para registrar múltiplas validações sequenciais, muitas vezes com os veículos parados e sem passageiros a bordo. Cada validação gerava automaticamente um crédito a ser reembolsado pelo estado, como se uma viagem legítima tivesse ocorrido. Em um dos casos, foram registradas 34 validações em apenas uma hora em uma van com capacidade para 15 pessoas, sem que nenhum passageiro embarcasse .

O esquema envolvia linhas intermunicipais que conectam municípios da Baixada Fluminense, como Guapimirim, Magé, Piabetá e Raiz da Serra, ao centro do Rio de Janeiro. Os valores obtidos eram, em parte, lavados por meio de movimentações fracionadas, aquisição de bens em nome de terceiros e uso de empresas de fachada, dificultando a rastreabilidade dos recursos ilícitos .

Operação e Prisões

Durante a operação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em residências e empresas de permissionários de vans. Altemar Pinto, responsável por uma das cooperativas envolvidas, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma . Além disso, foram apreendidos documentos, celulares, mídias digitais, veículos de alto valor e joias de origem suspeita.

Impacto Financeiro

As autoridades estimam que o esquema criminoso movimentava cerca de R$ 900 milhões anualmente, com prejuízos que podem alcançar dezenas de milhões de reais por ano. Esses recursos deveriam subsidiar o transporte de trabalhadores fluminenses, evidenciando a gravidade da fraude e seu impacto na população .

Medidas de Prevenção

Em resposta às fraudes, a RioCard informou que colabora com as autoridades de transporte e segurança, denunciando casos de uso irregular do Bilhete Único Intermunicipal. A empresa destacou que o benefício é pessoal e intransferível, concedido aos passageiros com renda mensal de até R$ 3.205,20, e que mantém um controle rigoroso sobre a utilização de cada cartão. Além disso, as vans que operam linhas intermunicipais passaram a utilizar câmeras com sistema de biometria facial na fiscalização do Bilhete Único Intermunicipal .

A Operação Caronte continua em andamento, e a Polícia Civil segue investigando o caso para identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los pelos crimes cometidos. 

Compartilhe essa notícia