Um lobo-marinho apareceu na Praia de São Francisco, em Niterói, na Região Metropolitana, na manhã deste domingo (22). O mamífero atraiu a atenção de diversos banhistas, que pararam para observar e fotografar o animal. Ainda não se sabe se o lobo-marinho é o mesmo que foi visto nos últimos dias em Ipanema, na Zona Sul.

Na capital, o animal, apelidado carinhosamente de Joca pelos frequentadores da praia, mergulhou no mar na sexta-feira (20) e não foi mais visto, o que gerou especulação sobre a possibilidade de ser o mesmo animal que agora descansa em Niterói.

Em entrevista ao Portal O DIA, o biólogo e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Salvatore Siciliano, disse que a chance de ser o mesmo é grande. “Tudo leva a crer, né? Ele saiu de Ipanema e foi para Niterói, bem razoável. Ele não nadou muito. Tivemos um em setembro em Rio das Ostras, era uma fêmea jovem e esse é um macho adulto. São registros inéditos mostrando as mudanças em circulação oceânica e o regime de corrente. Algo muito inusitado e bem interessante”, destacou.
Através das redes sociais, a Prefeitura de Niterói comentou de forma bem-humorada a presença do visitante inusitado. “Um lobo-marinho decidiu ficar em Niterói. Com essas praias incríveis, o mar tranquilo e o pôr do sol mais bonito, quem não escolheria?”
O município também reforçou a importância de manter distância do animal. “Ele é um animal selvagem. Não se aproxime e muito menos toque nele. Respeite a natureza e cuide da sua segurança”, alertou a prefeitura.
“A Guarda Ambiental de Niterói explica que, em caso de aparição de animais, as pessoas não devem se aproximar e nem oferecer qualquer tipo de alimento. As equipes devem ser acionadas pelo número 153 do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) para isolar a área e tomar as providências necessárias”, diz trecho da nota da prefeitura.
Especialistas ressaltam que o lobo-marinho chegou ao litoral fluminense após pegar uma corrente marítima diferente e se deslocar de seu grupo. Não é comum que essas espécies apareçam nas praias do Rio neste período. Porém, devido às mudanças climáticas, essas situações tendem a acontecer com mais frequência.
Fonte: O Dia