Policiais civis da 37ª DP (Ilha do Governador) buscam informações sobre o paradeiro de Amanda da Silva Corrêa Procópio, mãe da menina de 4 anos que foi torturada e teve o intestino perfuradopelo padrasto em maio deste ano. A Justiça do Rio expediu um mandado de prisão temporária contra a mulher, que é considerada foragida.
O padrasto da criança, Israel Lima Gomes, foi preso no dia 16 de maio pelas agressões. O caso aconteceu em Paciência, Zona Oeste do Rio. Segundo as investigações, ele submetia a criança a sessões prolongadas de tortura, com requintes de sadismo. A vítima teve o intestino perfurado e chegou a ingerir as próprias fezes.

Na manhã desta quarta-feira (18), os policiais fizeram buscas no município de Queimados, na Baixada Fluminense, onde reside o pai da foragida, e em Japeri. Ela também foi procurada na casa de outros familiares, mas não chegou a ser localizada.
A prisão de Amanda foi decretada pela Justiça após indícios de sua omissão em proteger a própria filha das agressões físicas. A decisão judicial enfatizou que a medida é necessária “tendo em vista a periculosidade da agente e a necessidade de preservar a integridade da vítima menor de idade”.
A juíza Marcia Santos Capanema de Souza decretou a prisão por 30 dias. A decisão destacou que há “fortes indícios de autoria e materialidade (fumus comissi delicti)”, especialmente diante das provas documentadas no inquérito, como mensagens entre Amanda e Israel.