Policial penal e vigilante são presos por assassinato em Campo Grande

A polícia prendeu, nesta quinta-feira (26), em Campo Grande, na Zona Oeste, o policial penal Aladim Silva Fagundes e o vigilante Harley de Libero Carlos, réus por matarem a tiros um homem. Um terceiro acusado segue foragido. A informação foi publicada pelo Jornal O Dia.

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Aladim, Harley e Márcio Barcellos Armstrong, conhecido como Caveirinha, foram à residência de Helton Romão de Souza, no dia 7 de julho deste ano, também em Campo Grande, e mataram o homem com tiros à queima-roupa.

Uma câmera de segurança flagrou o trio chegando em um carro e parando na frente da casa. Os acusados estavam encapuzados. Os três entram na residência, mas um deles, que dirigia o veículo, sai rapidamente para o grupo poder fugir. A ação dura cerca de dois minutos.

A DHC explicou que ouviu diversas testemunhas e analisou diferentes imagens de câmeras de segurança. A investigação, entretanto, identificou que o veículo usado no crime é do policial penal.

De acordo com as investigações, um desacordo comercial entre a vítima e Harley motivou o assassinato. Na ocasião, Helton não finalizou o serviço mecânico no veículo do vigilante, causando revolta no homem. Então, para ter ajuda dos comparsas, Harley teria inventado que a vítima tinha uma carga de drogas guardada na residência. Essa carga poderia render alguma vantagem com a sua venda.

Mandados de prisão por assassinato

Nesta quarta-feira (25), a juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ), tornou o trio réu pelo crime e expediu mandados de prisão preventiva contra os acusados. Além disso, a magistrada destacou que os denunciados podem ter envolvimento com a venda de drogas. Além disso, há registros de outras ações criminosas em que eles são investigados, com grave ameaça a pessoa.

“Forçoso reconhecer que, em liberdade, os denunciados encontrariam estímulo relacionado com as infrações cometidas, o que sinaliza a necessidade da constrição cautelar de cunho excepcional na hipótese sub examine para a garantia da ordem pública, bem como para evitar a reiteração delitiva. A prisão se mostra necessária para garantir a instrução criminal, de forma a evitar que o réu interfira na colheita dos depoimentos das testemunhas. A garantia é de um ambiente de tranquilidade, livre de qualquer influência ou temor, que certamente seria impossível de garantir, senão pela custódia cautelar”, escreveu.

Roidis ainda determinou cumprimento de mandados de busca e apreensão. Sendo um deles, portanto, no Presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte, onde o policial penal trabalha. Na residência de Aladim, os agentes encontraram três armas e várias munições de diferentes calibres. O material foi apreendido.

As buscas continuam sendo realizadas por Márcio Armstrong, o Caveirinha.

Fonte: O Dia